Será a liderança uma verdadeira arte? Como na arte, a liderança exige criatividade, intuição e a capacidade de se adaptar às nuances variáveis do ambiente em que se está liderando.Talvez você diga: “Eu não entendo sobre liderança, Priscila, eu nem me considero uma líder, gosto mais dos bastidores”. Busque recordar um momento em que você liderou, seja em uma brincadeira na infância, na organização de um jantar ou em uma reunião na sua empresa.
Qual foi a sensação desta lembrança? Frio na barriga, ansiedade, boca seca… Se você encarou esse desafio com seriedade, provavelmente experimentou a postura de “responsabilidade”.
Liderar demanda responsabilidade, pois envolve tomar decisões cruciais e inspirar outros. Superar sensações desconfortáveis é essencial para aprimorar o desempenho, já que enfrentar desafi os promove crescimento e desenvolvimento pessoal, resultando numa liderança mais efi caz.
Quando falamos em elegância, vem à mente um movimento sutil, harmonia, leveza, bom gosto, requinte e posicionamento. Mas, como seria um líder com elegância emocional?
Elegância emocional é, primeiramente, a arte de liderar a si mesmo. Para explicar isso, vamos mergulhar
na saúde emocional. A essência humana não se resume a uma única consciência, mas engloba um conjunto dinâmico de múltiplas consciências que interagem de maneira contínua.
Ou seja, cada pessoa não tem somente um “eu”, mas diversos “eus”.
Por exemplo, uma mãe empreendedora experimenta diferentes facetas ao longo do dia, assim como ocorre em nossas vidas. Quando está com seus filhos, assume um papel distinto; ao lidar com colaboradores, outra parte com aprendizados corporativos assume; na interação com o cônjuge, adota uma abordagem relacional única.
O mesmo acontece com você, que agora está lendo esta revista: se encontra em uma postura específica. Ao terminar a leitura, você mudará sua postura para enfrentar o desafi o seguinte. Ou seja, em diferentes situações, modificamos nossos trejeitos comportamentais. No entanto, o que não muda é a nossa fisiologia em relação às emoções. Elas são respostas fisiológicas a estímulos externos e internos.
“Então, como faço para liderar as minhas emoções”? Precisa ser uma parte sua que tem
autoconhecimento e clareza de objetivos para assumir a liderança.
Num mundo acelerado, onde as emoções nos envolvem, a elegância emocional é a bússola que guia a jornada interior. Mais que um conceito, é uma habilidade refi nada, a arte de liderar a si mesmo nas complexidades emocionais. E sim, isso exige responsabilidade, se quiser colher benefícios como autenticidade, resiliência, empatia, autocompaixão e serenidade.
Elegância emocional não é esconder sentimentos, mas liderar conscientemente as emoções. É a responsabilidade de compreender, aceitar e, quando necessário, transformar desafi os emocionais em oportunidades de crescimento.
E você, deseja fi car nos bastidores da sua própria vida? Ajuste sua postura, olhe para frente, busque ajuda se necessário, e assuma sua liderança com elegância emocional.
Artigo escrito pela terapeuta Priscila Sabka Thomassen, especialista em saúde emocional, publicado na Revista Duo.